LEAN INNOVATION O QUE É E COMO PODE IMPACTAR O SEU NEGÓCIO

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O lançamento de uma nova empresa, ou um novo produto ou serviço dentro de sua empresa, pode parecer um processo desanimador, repleto de riscos. Mas na economia globalizada de hoje, ignorar a inovação é ainda mais perigoso para o futuro do seu negócio.

Mas afinal o que é inovação?

Se perguntarmos a empresários e executivos o que “inovação” significa é provável que cada um forneça uma resposta diferente com base em sua própria experiência. Inovação é um mistério que a maioria das empresas ainda está tentando resolver – parcialmente devido ao tempo que leva para ver os resultados. Em seu núcleo, a inovação está focada em gerar valor para uma organização. Historicamente, esse valor tem sido descrito como “mais rápido, melhor, mais barato”. Como regra geral os empresários e executivos pensam que estão inovando se os negócios chegam ao mercado mais rápido, superam outros produtos na funcionalidade ou no valor agregado, e por um preço mais barato do que o concorrentes da empresa. Ainda que sejam fatores críticos de sucesso, a inovação em si se estende além disso.

A história sugere que a inovação pode ocorrer por uma questão de sorte, como tropeçar em uma solução para um problema que a pessoa nem procurava resolver. A Penicilina e o Post-it são dois exemplos. Mas é muito difícil acontecer inovações acidentais. Outros argumentam que o oposto é verdadeiro: a inovação “real” vem de “visionários” – aqueles que preveem o futuro e criam uma nova ideia que mudará o mundo. Isso é um mito. Steve Jobs, Thomas Edison e Henry Ford tinham ideias brilhantes sobre as necessidades do mercado, mas também se cercavam de pessoas brilhantes e usavam experimentações e iterações implacáveis ​​para criar as mudanças que eles eram levados a realizar. Suas inovações não tiveram nada a ver com momentos de Eureka! ou, ironicamente, lâmpadas piscando acima de suas cabeças. Tentar gerar ideias que mudem o jogo apenas com elucubrações mirabolantes não impulsiona a inovação. Nem tampouco, essas ideias, serão financiadas somente porque os altos executivos sentados em suas salas de reuniões acham que soam ótimas.

A inovação contínua requer uma nova mentalidade.

Abraçando o desconhecido, aprendendo a operar com incertezas, adotando uma mentalidade de aprendizado – características que lembram os esforços dos empreendedores – abre-se caminho para possibilidades de reconhecer o valor potencial de “erros”, desenvolvendo insights de clientes ou descobrindo algo novo que cria valor. Ao incutir nas pessoas o pensamento empreendedor e os novos processos unidos em torno dos 3 E’s do LEAN INNOVATION – Empatia, Experimentação e Evidência – as empresas podem criar um mecanismo de inovação contínua, resultando em crescimento a curto e longo prazo.

O que é LEAN INNOVATION?

A LEAN INNOVATION está focada no aumento da eficiência, capturando feedback dos clientes com antecedência e com frequência, e minimizando perdas no ciclo de desenvolvimento de produto. O processo “inovação enxuta” prioriza a experimentação em detrimento do planejamento elaborado e celebra a melhoria contínua e incremental. Com a LEAN INNOVATION, se desenvolve conceitos e os testam de maneira ágil.

A LEAN INNOVATION é uma combinação de três abordagens:

  1. Design Thinking: capacidade de identificar novas oportunidades;
  2. Lean Startup: capacidade de, rapidamente e com poucos recursos, desenvolver, prototipar, aprender, validar e melhorar as soluções de negócios;
  3. Lean Process: capacidade de aplicar processos enxutos, que permitem que as equipes reduzam o desperdício, façam melhorias incrementais e eliminem a burocracia que muitas vezes dificulta a inovação.

A LEAN INNOVATION tem uma longa história. Em 1913, Henry Ford introduziu a primeira linha de montagem móvel, um processo de fabricação que reduziu o tempo de montagem de um único veículo de 12 horas para 90 minutos. Ao reduzir o tempo, o dinheiro e o capital humano necessários para construir um carro, a Ford conseguiu reduzir o custo do popular modelo T da empresa de US$ 850 para menos de US$ 300, tornando os automóveis mais acessíveis às massas. O aumento da eficiência do sistema ajudou a eliminar o “desperdício”, ao mesmo tempo em que melhorou a experiência do cliente – princípios fundamentais para a inovação enxuta. Mais tarde, a Toyota replicou os princípios originais de Henry Ford na fábrica de montagem de Rouge, usando a abordagem da Ford como base para o desenvolvimento do Sistema Toyota de Produção.

Design Thinking

Se seu objetivo é inovar em sua empresa atual, um bom lugar para começar é com o Design Thinking. O Design Thinking é uma abordagem centrada no cliente para debater ideias novas e resolver problemas.

O processo, popularizado pela empresa de design global IDEO, enfatiza o cliente. Quais pontos de dor os clientes experimentam? Como eles estão atualmente resolvendo os seus problemas? Ao observar os usuários finais em seu ambiente natural, as empresas podem entender melhor as necessidades de seus clientes e, por sua vez, descobrir insights exclusivos que podem levar a novas oportunidades de negócios.

Observa-se que nos últimos anos mais e mais empresas começaram a aplicar o Design Thinking, incluindo Apple, General Electric e IBM, para resolver este problema. Isso implica dar aos funcionários as habilidades para entender melhor as oportunidades, aplicar métodos diferentes de obter informações de clientes em potencial e obter um melhor debate de ideias.

Podemos dividir o Design Thinking em cinco fases:

  • Entendimento e Observação: observe e se envolva com os usuários para entender o problema e descobrir suas reais necessidades;
  • Pontos de Vista: determine o problema; o que se destacou quando você interagiu com os clientes externos e internos;
  • Ideação: brainstorm de potenciais soluções para o problema; não há resposta errada nesta fase do processo;
  • Prototipagem: trabalhe em equipe para selecionar a ideia principal com base em critérios de votação pré-determinados e começar a construir, mesmo que seja apenas usando papel e caneta;
  • Teste e Iteração: coloque o protótipo nas mãos dos usuários e repita com base no feedback deles;

Ao empregar o Design Thinking, as empresas podem obter uma compreensão mais profunda de seus clientes externos e internos, gerar novas ideias e construir produtos de maneira mais inteligente e rápida, com custos mínimos de prototipagem.

Lean Startup

O método Lean Startup, popularizado pelo empreendedor do Vale do Silício Steve Blank, desenvolve conceitos introduzidos no pensamento de design e permite que as empresas rapidamente, e com menos recursos, desenvolvam, prototipem, aprendam, validem e melhorem soluções de negócios.

A abordagem Lean Startup é centrada em um ciclo de feedback: construir, medir e aprender. O objetivo é que as empresas construam um Produto Mínimamente Viável (em inglês, MVP), ou a versão mais simplificada de um produto e que os primeiros usuários possam imediatamente testar. Um MVP deve ter os principais recursos que fazem o produto funcionar, mas servem mais como um guia para o desenvolvimento do futuro produto final. Ao colocar um MVP nas mãos dos usuários, as empresas podem descobrir rapidamente o que funciona e o que não funciona. Em seguida, eles eliminam o que não serve e criam um produto que eles sabem que os clientes realmente desejam. Muitas empresas adotam métodos ágeis de desenvolvimento, mais curto e com mais iteração durante o processo de desenvolvimento do MVP. Assim se pode lançar protótipos em funcionamento mais cedo, desenvolvendo e testando os conceitos de maneira muito rápida por um custo muito baixo.

Lean Process

O terceiro método que impulsiona a inovação é o Lean Process “processos enxutos”, que permite que as equipes de inovação derrubem algumas das burocracias e processos que inibem a inovação.

Isso pode incluir minimizar o número de reuniões em que os funcionários realizam, simplificar as etapas requeridas para aprovação e empregar métodos enxutos, como o Six Sigma. O Six Sigma é um método focado na melhoria de processos e desempenho de negócios, eliminando as causas de erros que levam a defeitos em um produto ou serviço. A Motorola adotou a metodologia pela primeira vez em meados da década de 1980 como uma forma de padronizar a medição de defeitos para impulsionar melhorias na fabricação.

Mas aplicar processos enxutos pode ser mais simples que isso. As melhores empresas, aquelas que chegaram ao mercado e obtiveram sucesso, apesar das dificuldades esmagadoras, adotaram alguns princípios de senso comum tais como: menos burocracia, reuniões direcionadas e eficazes e menos pontos de decisão, independentemente da vertical de indústria.

Por que usar a LEAN INNOVATION?

A LEAN INNOVATION permite que os funcionários testem suas hipóteses e criem produtos melhores com mais rapidez e menos recursos. Além disso, desafia as empresas a testar continuamente as premissas e repetir as ofertas de produtos, ajudando-as a evitar as armadilhas comuns que a maioria dos executivos costumam experimentar: ficar muito à vontade com o sucesso da empresa.

As empresas precisam se mover rapidamente e, seus funcionários e gerentes, precisam se sentir à vontade para avaliar o panorama global e permitir que sua organização mude e corra riscos. A LEAN INNOVATION permite que as empresas busquem mais oportunidades antecipadamente, amadureçam-nas um pouco a baixo custo e testem-nas para ver se valem o investimento.

A LEAN INNOVATION pode, na verdade, reduzir o risco geral de pesquisa e desenvolvimento e, ao mesmo tempo, melhorar a vantagem competitiva de uma empresa.

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